sábado, 27 de agosto de 2011

Semana agitada em Terra Alta

Com o novo Arrotinho nas ruas, Terra Alta vive expectativa do próximo panfleto.


Essa semana circula na cidade o segundo Arrotinho (panfleto anônimo com denúncias). Na semana passada o lança mento de um panfleto deixou a classe política alvoroçada. O mesmo trazia algumas denúncias, todas conhecidas da população. Mas o desta semana trouxe mais elementos surpresas. Várias denúncias são novas para o povo, algumas são velhas, todos já sabem. A pergunta que se faz: Quem fez este Arrotinho? Seu autor deve ter informantes privilegiados, pois algumas acusações só podem ser de pessoas que compartilham do poder com a atual administração. A classe política ( quem deve, obviamente) está ansiosa, pois este material parece antecipar o clima da próxima campanha.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sobre a divisão do Estado

Pará inteiro poderá votar em plebiscito

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira 24, por unanimidade (7 votos a 0, com duas abstenções), que toda a população do Pará poderá votar no plebiscito para desmembrar o estado em Carajás e Tapajós. Os ministros seguiram o voto do relator Dias Toffoli e rejeitaram a ação direta de inconstitucionalidade para limitar a consulta às regiões a serem criadas.

Segundo Toffoli, não poderia haver exclusão porque o tema afeta toda a população do estado, ligada por questões históricas, culturais e econômicas. O mesmo parecer já havia sido tomado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Leia mais:
Defensores são réus no STF
A farsa da democracia
Um jantar ao estilo de Brasília…

A consulta popular, que deve custar cinco milhões de reais aos cofres públicos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ocorre em 11 de dezembro. Porém, caso a criação de Carajás e Tapajós seja aceita no plebiscito, aprovado pelo Congresso a partir dos projetos PDC 2300/2009, do ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB/TO), e PDC 731/2000, do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), a matéria ainda retorna para a avaliação da Câmara e Senado.

A partir de 13 de setembro, as pesquisas de opinião sobre a divisão do estado poderão ser registradas e as campanhas pela internet, panfletos e carros de som têm inicio. Um mês antes da votação, em 11 de novembro, as peças publicitárias poderão ser veiculadas na televisão e no rádio.

Perfis

Caso seja criado, Tapajós teria 722 mil quilômetros quadrados, tamanho superior à soma dos territórios de Espanha, Portugal, Áustria e Suíça, 1,3 milhão de habitantes e 27 municípios.

Carajás somaria 285 mil quilômetros quadrados de extensão, maior que a Inglaterra e a Bélgica juntas. Com população de 1,6 milhão de pessoas, a unidade teria 39 cidades e, segundo dados do Mapa da Violência do Ministério da Justiça de 2008, concentraria o maior índice de homicídios do País: 68,1 assassinatos por ano a cada 100 mil habitantes, contra 11 a cada 100 mil em São Paulo.

O Pará tem 7,4 milhões de habitantes.

fonte: http://www.cartacapital.com.br

Ah, se a moda pega III

Se a moda pega, como ficará Terra Alta?????

Operação Pandilha


A Polícia Federal prendeu hoje de manhã o prefeito de Vitória do Xingu, Liberalino Neto, e a secretária municipal de Saúde, Roseli Braga, numa casa no conjunto Marex, em Belém. O secretário municipal de Finanças foi preso em Vitória do Xingu e o pai do prefeito, capturado no Estado de Alagoas, onde reside.

A investigação foi iniciada em agosto de 2010 e teve como objetivo apurar o desvio de recursos públicos federais e estaduais. Também há indícios de participação de outros funcionários públicos nas fraudes, incluindo presidente da Comissão de Licitação, tesoureiro e secretários municipais.

Foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, de Brasília(DF).

A organização se estruturou de modo complexo e com ampla distribuição de tarefas articulada para desviar os recursos públicos, através de:
1. fraudes a processos licitatórios, mediante a utilização de “laranjas” na constituição fraudulenta de empresas que depois vinham ser vencedoras nas licitações;
2. concessão de privilégios a empresas e às pessoas ligadas ao esquema criminoso, como fornecimento de empregos e cargos públicos;
3. utilização de bens públicos (maquinários da prefeitura) para fins particulares;
4. superfaturamento de obras públicas;
5. fraudes na contratação de empresas prestadoras de serviços e outras fraudes.
A soma de todas as licitações das quais as empresas da organização criminosa participaram desde 2009 atinge o valor global de R$ 17.907.529,18, sendo que, desse montante, ficou comprovado que R$ 5.269.509,32 milhões foram desviados ou apropriados pela organização criminosa.

A investigação também apontou que a organização atua desde a época dos milionários financiamentos da Sudam, na década de 1990. Já naquela época, havia o mesmo modus operandis: constituição das empresas com “laranjas”, sendo que após algum tempo os mentores da quadrilha passavam a administrar as empresas através de procuração outorgada pelos supostos sócios. Três empresas envolvidas já foram alvos de inquéritos da PF por suspeita de desvio em financiamentos da Sudam, da ordem de R$ 2 milhões (não atualizados), R$ 14.865.259,12 (atualizados) e R$ 4 milhões (não atualizados), respectivamente.

*Com informações da PF
Fonte; Blog da Franssinete Florenzano

Alepa

Mário “Tapiocouto” Investigado pelo MPF por fraude,corrupção

Coordenador de uma comissão externa instalada na Câmara, em 27 de abril, para acompanhar as investigações em curso no Pará, como instrumento de subsídio para o trabalho do Ministério Público Federal (MPF), Cláudio Puty disse que a “série de falcatruas” atribuídas à gestão de Mário Couto é o mais grave escândalo da Alepa.

“Como as investigações demonstram que os espetos na casa do senador Mário Couto eram de pau, ele provavelmente não se sente mais tão à vontade para posar de paladino da moralidade. Há uma avalanche de denúncias na Procuradoria-Geral da República [PGR] que o envolvem numa das maiores falcatruas da história do Pará”, afirmou o deputado, referindo-se à ação movida há duas semanas pelo diretório nacional do PT, na figura do presidente, Rui Falcão, contra o tucano.

Puty explica que a comissão dá respaldo e visibilidade às apurações do MPF, bem como ao Ministério Público do Pará, onde foi iniciado o trabalho investigativo. “As denúncias seguem em três linhas: fraude em folha de pagamento, com funcionários fantasmas e laranjas; fraude em licitações; e sonegação e evasão fiscal, uma vez que, com a fraude na folha, a consequência é o não pagamento de tributos”, acrescenta o petista.

As investigações, diz Cláudio Puty, estão focadas nas mais recentes gestões da Alepa – antes de Mário Couto, quem capitaneou a instituição e teria iniciado a série de desmandos foi Domingos Juvenil, então deputado do PMDB, ligado ao ex-senador Jader Barbalho. “O escândalo estourou quando uma pessoa chamada Mônica Pinto, partícipe no esquema, foi exonerada e decidiu contar tudo. Ela, que é ré [no processo iniciado no MP] por estar envolvida nas falcatruas, era uma servidora DAS [posto de direção] e resolveu contar tudo”, disse o deputado, acrescentando que também há no caso denúncias sobre financiamento de campanha de Mário Couto.

Uma das empresas doadoras à campanha de Mário Couto em 2006, diz o deputado, tinha como razão social a venda de tapiocas – razão pela qual o senador e o caso foram apelidados no Pará, respectivamente, de “Tapiocouto” e “Tapiogate”. Puty diz ainda que investigações anteriores sobre o caso haviam sido “abafadas”, o que teria movido o diretório nacional do PT a agir no âmbito federal – por ter foro privilegiado como senador, o tucano só pode ser enquadrado pelo Supremo Tribunal Federal, provocado pela PGR.

Em reação, diz Puty, Mário Couto “reclamou muito, estrebuchou” e disse que denunciaria também deputados petistas, mas até agora “não explicou as denúncias”.

A reportagem procurou, por e-mail e telefone, ouvir as explicações de Mário Couto, mas não obteve retorno. A assessoria do senador informou que ele estaria afastado do Senado na semana pré-recesso, em viagem, mas que tentaria localizá-lo. Até o fechamento desta edição a assessoria também não deu retorno.

BY: Maria Frô
Editado(a) por Jussara Seixas

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Santa Casa II (a outra versão)

Gêmeos morrem após rejeição de grávida

Por falta de leito para internação, uma mulher grávida de gêmeos (dois meninos), com sete meses de gestação, perdeu ontem os filhos após passar horas tentando atendimento na Santa Casa e Hospital das Clínicas. Informado do ocorrido, o governo do Estado agiu rápido, exonerando a presidente da maternidade.


O martírio do casal começou na madrugada de ontem. Por volta das 3h, o auxiliar de cozinha Raimundo Cícero Gomes Farias, 33 anos, saiu às pressas do bairro de Itaiteua, distrito de Outeiro, levando de ônibus sua companheira, Vanessa do Socorro de Castro Santos, de 27 anos, que sentia fortes contratações, à Fundação Santa Casa de Misericórdia, em Belém. Portadora de lúpus (doença autoimune), Vanessa fazia acompanhamento regular por causa da gravidez de risco. Já sabia que o parto poderia ocorrer a partir do sétimo mês.

Uma hora depois, o casal chegou à Santa Casa, onde aumentou o martírio. “Com meus dois filhos prestes a nascer e o porteiro dizendo para procurar outro hospital por falta de leito, fiquei em desespero. Após muitas tentativas frustradas, resolvemos ir de táxi ao hospital mais próximo: o Hospital Gaspar Vianna. Lá, mais uma vez, negaram o atendimento à minha esposa”, disse. Sem ter para onde ir, o casal ficou na calçada por hora e meia. Como o quadro se agravou, o serviço de resgate dos Bombeiros foi acionado e levou Raimundo e Vanessa para a Santa Casa novamente.

Entretanto, a grávida teve novamente o atendimento negado. “Não deixaram que a viatura entrasse na Santa Casa e o soldado ficou cerca de vinte minutos tentando convencer a médica a atendê-la”, afirmou o tenente Piquet, do Corpo de Bombeiros. Segundo o oficial, ao tomar conhecimento que o caso configurava omissão de socorro, o soldado bombeiro Francisco Cesar deu voz de prisão à ginecologista obstetra da Santa Casa, Cinthia Lins.

Enquanto o militar e a médica debatiam o procedimento que deveria ser adotado, do lado de fora, socorristas dos bombeiros iniciavam o parto do primeiro menino, ainda no interior do veículo. “A situação exigiu que um socorrista fizesse o parto dentro da ambulância, mas, infelizmente, o bebê já nasceu sem vida”, disse Piquet.

Somente com a gravidade do fato, por volta das 7h30, a entrada da ambulância foi liberada e Vanessa foi atendida. “Infelizmente, com base em informações que foram levantadas, o segundo menino também morreu momentos depois do parto, realizado por médicos da própria Santa Casa”, revelou o oficial.

Em seguida, a equipe do Corpo de Bombeiros pediu apoio a uma viatura da Polícia Militar para conduzir os envolvidos à Seccional Urbana do Comércio. Enquanto isso, Vanessa permaneceu internada no hospital.

“Foi negligência, estou falando. Há vinte dias, o médico disse que estava tudo saudável. A gente quer justiça. Comprei tudo para eles, já estava só esperando. Agora vou chegar e encontrar só as roupinhas”, disse Raimundo.

Após cinco horas no distrito policial, Cinthia Lins negou, à imprensa, que tenha havido omissão de socorro por parte dos médicos. “Se a ambulância não tinha conseguido entrar na fundação, deve ter acontecido algum problema na portaria do hospital e não com o departamento médico. A partir do momento que um paciente entra no hospital, é dever do médico atendê-lo”.

LIMITAÇÕES

Segundo ela, o procedimento do parto exigia uma infraestrutura hospitalar que não estava disponível naquele momento na Santa Casa. “Quando os soldados do Corpo de Bombeiros chegaram, estávamos prestando esclarecimentos sobre as limitações físicas em relação à superlotação e a falta de leitos na Fundação Santa Casa. Inclusive, o hospital está operando de ‘portas fechadas’ por falta de vagas para atendimento”, afirmou.

A médica esclareceu ainda que suas atividades no hospital iniciaram por volta das 7h e não sabe informar sobre as circunstâncias do motivo da primeira negação de atendimento à mãe, ocorrido durante a madrugada.

O diretor do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), Wilson Machado, criticou a forma como as acusações foram conduzidas. “É preciso ter consciência que o principal culpado desse triste episódio é o sistema de saúde pública. Os médicos não podem ser responsabilizados pela falta de leitos e a estrutura precária dos hospitais”, destacou.

Em nota, o Sindmepa informou que vai “dar todo o apoio jurídico e institucional aos colegas envolvidos e que vai procurar, novamente, as autoridades de segurança do Estado, a fim de discutir, mais uma vez, a caracterização da chamada omissão de socorro, porque, se a interpretação sobre o tema continuar desvirtuada como está, ficará inviável para a categoria continuar a trabalhar no sistema público, especialmente na urgência e emergência (Diário do Pará, com informações do site UOL).

DEPOIMENTOS

Ao longo da manhã, a delegada Maria Perpétua do Socorro Picanço coletou os depoimentos para apurar o caso. Socorristas do Corpo de Bombeiros foram os primeiros a prestar declarações, em seguida, Raimundo Cícero Gomes Farias (pai dos gêmeos) e por último a médica Cinthia Lins. “Todos os testemunhos serão cuidadosamente analisados para ser adotado o procedimento. A princípio consideramos duas hipóteses: o homicídio culposo ou omissão de socorro”.

Governador exonerou presidente da fundação

O governador Simão Jatene exonerou na tarde de ontem, 23, a presidente da Fundação Santa Casa, Maria do Carmo Lobato, e a chefe do setor de Tocoginecologia do hospital, Florentina Balby, tão logo tomou conhecimento da morte de dois bebês prematuros provocada pela falta de atendimento naquela casa de saúde.

Jatene soube do episódio no intervalo de uma série de audiências com ministros do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, e ficou visivelmente indignado. “É inadmissível! Não existe nada, absolutamente nada mais importante em um hospital, seja qual for a circunstância, do que a preservação da vida”, advertiu o governador. “Há protocolos, regulações, definições de responsabilidades em relação ao atendimento. Mas nada disso - repito: nada! - é maior do que a vida de uma pessoa”, definiu.

Ele deixou claro ainda que o governo tem o dever de admitir os erros e procurar consertá-los imediatamente, para que não se repitam nem se tornem viciosos. “O Estado errou. É preciso ter coragem de assumir. Não se pode ficar transferindo responsabilidades. Foi por isso que determinei a imediata exoneração dos gestores envolvidos”, completou. “Ninguém é obrigado a se tornar servidor público. Mas se você faz essa opção tem de abraçar e cumprir todas as suas responsabilidades”.

O secretário de Saúde, Hélio Franco, reafirmou as orientações de Simão Jatene. “Maternidade é emergência. Todo bom médico sabe disso. Não se pode encaminhar uma gestante para outro hospital sem que ela passe por uma avaliação, ainda que o hospital esteja lotado”.

O governador lembrou que a área de Saúde é justamente uma das que mais têm recebido atenção do governo do Estado nos últimos sete meses. A Agenda Mínima do Governo prevê investimentos de 480 milhões de reais em Saúde, acaba de ser autorizada a expansão de hospitais regionais, foram nivelados os valores dos plantões médicos, equiparando-os aos mais altos da rede particular, Belém ganhará este ano um novo hospital público, o Ophir Loyola teve sua área de triagem humanizada e metade das máquinas de hemodiálise previstas para serem entregues até o fim de quatro anos já está em operação.

O próprio governador Simão Jatene se reúne regularmente com os gestores uma vez por mês para assegurar essa dedicação. “Tenho dito, nessas reuniões, que o maior remédio para a aflição dos pacientes é o tratamento respeitoso, o amor, o carinho no atendimento, a atenção desmedida. Foi justamente isso que não aconteceu na Santa Casa neste momento e que resultou nessa tragédia”, lamentou.

O governador determinou ainda que a família de Vanessa Farias, mãe dos bebês que permanece sob cuidados médicos, receba toda a atenção possível do Estado.

VERSÃO

A grande quantidade de recém-nascidos prematuros na Santa Casa foi a justificativa usada por Maria do Carmo Lobato - antes de ser afastada do cargo-, para explicar a recusa no atendimento a Vanessa. Segundo ela, os espaços disponibilizados para atendimento de prematuros na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e no Centro Tratamento Intensivo (CTI) são de apenas 107 vagas, sendo que já estão em atendimento 123.

Maria do Carmo informou que desde a última sexta-feira os funcionários da Santa Casa foram orientados a não receber nenhuma grávida com parto prematuro por causa da superlotação e que deveria ser feita uma triagem rigorosa antes que a paciente desse entrada no hospital. “Nós temos leito para as mães, mas não temos para os filhos prematuros”.

Maria do Carmo afirma que a atitude da médica foi a correta, pois não havia local para internar a criança. O secretário Hélio Franco informou que será aberto um processo administrativo disciplinar para apurar a postura da médica.

Maria do Carmo explicou que tem realizado reuniões com as secretarias de saúde para tentar solucionar o problema. “A Sespa e a Sesma já foram informadas de que existem outras maternidades nas quais as grávidas podem ser encaminhadas e que são conveniadas ao Sistema Único de Saúde”.

A assessoria do Hospital de Clínicas informou que está apurando o caso, pois não há nenhum registro de que Vanessa tenha tentado dar entrada no local. Ainda segundo o hospital, a ordem é que nenhum atendimento pode ser negado ou encaminhamento feito sem falar com algum médico. (Agência Pará)

Fonte: http://diariodopara.diarioonline.com.br

Santa Casa (Santa????)


Grávida perde gêmeos por falta de atendimento na Santa Casa

Uma médica da Santa Casa foi detida, na manhã desta terça-feira (23), acusada de omissão de socorro. Ela teria negado atendimento a uma mulher grávida de gêmeos. Os bebês morreram. Um deles nasceu em uma viatura do Corpo de Bombeiros na porta do hospital. O caso está sendo apurado pela Polícia Civil(…)

Herodes tucano, quando não prende mata!!!

De fato, após a ignomínia da prisão de um bebê de dez meses na delegacia de Curralinho, nos deparamos com essa tragédia, registrada oportunamente por Luís Cavalcante. Some-se a isto as 45 mortes violentas, verificadas no estado nas últimas 72 horas, conforme registra hoje o deputado Bordalo em seu blog, e constatamos horrorizados que estamos sendo governados por uma criatura horrenda, meio Jason meio Herodes. Égua!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Um Ponto de Vista sobre a divisão do Estado

A farsa da democracia

O tema não é novo e parecia ter sido relegado à poeira do tempo, nos últimos dez anos, por força da rigorosa pressão em defesa de menos gastos públicos imposta sobre os governantes pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Infelizmente, porém, a celeuma ganhou frescor graças à decisão do Senado de aprovar a realização do plebiscito que vai delegar à população a tarefa de decidir se o Brasil terá, ou não, mais dois Estados – Carajás e Tapajós, ambos desmembrados do Pará.

A explosiva criação de novos Estados não poderia retornar em pior cenário. No momento em que a presidenta Dilma Rousseff se esforça por imprimir uma marca de seriedade e austeridade em seu governo e em que algumas das principais potências econômicas do planeta vivem uma crise sem precedentes, como os EUA e o Japão, não faz nenhum sentido parir novas unidades federativas.

Fazê-lo não passa da mais deslavada demagogia, aliada a uma dose hercúlea de irresponsabilidade e de desrespeito ao bolso do contribuinte.

Não há a menor consistência no discurso de que a criação dos dois Estados garantiria mais representatividade política à população das regiões onde seriam instaladas as novas unidades federativas e, simultaneamente, toda a legião de barnabés que teria de ser empregada para manter a máquina pública azeitada.

A melhoria da qualidade de vida da população e a efetiva democracia representativa não ocorrem simplesmente por força da existência de governantes e de parlamentares oriundos de uma determinada zona geográfica, mas sim (e unicamente) pela atuação concreta dos agentes públicos em defesa do interesse público. Não são, portanto, conquistas intrínsecas ao Estado e à classe política, seja ela de onde for; são apenas um dos muitos subprodutos da democracia.

A teratológica democracia brasileira, desfigurada por uma sopa de letras de partidos geralmente fracos e por governos bons de voto (mas muitas vezes péssimos nos quesitos moralidade e honradez), é um mosaico de exemplos que comprovam a veracidade destes conceitos.

Não por acaso, as pesquisas – todas elas – apontam os políticos como o segmento mais desacreditado da sociedade brasileira. No seu âmago, ironicamente, está o exército de 55 mil vereadores que lotam gabinetes nas Câmaras Municipais, apenas para ficarmos no exemplo da classe à qual se atribui a condição de nossa mais legítima representante – ainda que muitos dos seus integrantes não passem de mercenários da política e herdeiros do espírito do histriônico Brancaleone.

A posição que sustentamos também pode ser traduzida em números. Levantamento feito pelo economista Rogério Boueri, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), denuncia: caso sejam mesmo criados, os Estados de Carajás e Tapajós serão economicamente inviáveis. Pior: dependerão dos cofres geridos pelo Palácio do Planalto para manter suas onerosas estruturas públicas. Não é pouca coisa. Algo entre R$ 2,2 bilhões e R$ 2,9 bilhões ao ano.

O Brasil não precisa de duas novas unidades federativas, mas sim de governantes e de parlamentares comprometidos com sua gente.

A criação de novos Estados não passa de uma farsa com aura democrática. Mais uma dentre as muitas bruxarias que a política brasileira engendra, como nos ensinou o cientista político Raymundo Faoro em um livro brilhante – “A democracia traída” – e também em uma das suas antológicas frases sobre a fragilidade desta surrada instituição nacional. “O sapateiro não é a pessoa mais autorizada a dizer onde o sapato aperta”. Morto há oito anos, Faoro, como se vê, continua atual como sempre.

Aurélio Munhoz no Twitter: http://twitter.com/aureliomunhoz

Fonte: Carta Capital: http://www.cartacapital.com.b

terça-feira, 16 de agosto de 2011

CNT/Sensus: 70,2% aprovam desempenho de Dilma no governo

O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) tem 49,2% de aprovação, segundo dados da pesquisa CNT/Sensus divulgados nesta terça-feira. A maior parte dos entrevistados (39,1%) considera que a presidente está fazendo um bom governo e outros 37,1% classificam a gestão de Dilma como regular. A soma dos que acreditam que o governo da presidente é ruim ou péssimo chega a 9,3% do total de pessoas que responderam à entrevista. A maior parte dos entrevistados (70,2%) aprova o desempenho de Dilma à frente do governo, contra 21% de reprovações.

A pesquisa foi feita em todas as regiões do País, com 2 mil entrevistados de 136 municípios, entre 7 e 12 de agosto deste ano. Dilma tem praticamente metade da aprovação de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou o governo no ano passado com avaliação positiva de 83,4%. Ao fim de sua gestão, Lula tinha apenas 2,2% de reprovação.

A expectativa em relação ao governo da presidente caiu em relação a dezembro do ano passado, quando o número de pessoas que acreditava num governo ótimo passou de 27,7% para 13,6%. Os entrevistados que esperam um governo bom e regular aumentaram na comparação com a última pesquisa, feita em dezembro de 2010, passando de 41,5% para 47,7% e de 17,6% para 26,2%, respectivamente. Os entrevistados, no entanto, acreditam que Dilma tem capacidade administrativa para gerir o País (73,2%) e habilidade política (69,6%).

A maioria das pessoas que respondeu à pesquisa (45,4%) considera o governo Dilma pior que a gestão Lula e outros 38,1% acham que os dois governos são iguais. Apenas 11,5% acham que a gestão Dilma é melhor que a do ex-presidente Lula. A desaprovação da população também cresceu em relação aos ministérios e seus titulares. A maioria dos entrevistados (36,3%) acredita que os ministros de Dilma são apenas regulares. Outros 24,4% avaliam que os escolhidos por Dilma para chefiar as pastas são bons ou ótimos, contra 45,5% medido na última pesquisa do governo Lula, em dezembro de 2010.

Crise nos Transportes

Uma grande parcela dos entrevistados (32,1%) respondeu que não tem acompanhado ou não ouviu falar dos recentes escândalos de pagamento de propina e superfaturamento de obras no Ministério dos Transportes, que derrubou o ex-ministro Alfredo Nascimento e diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). A maior parte (65,7%) respondeu que tem acompanhado a questão ou pelo menos ouviu falar.

Dos que têm conhecimento sobre as denúncias e sobre o noticiário que tem saído a respeito do tema, 79,2% dos entrevistados aprovam as medidas adotadas pela presidente Dilma para solucionar o problema. Quase 70% dos entrevistados afirmaram que o episódio afeta a imagem de Dilma. Mas apenas 25,7% dos pesquisados acreditam que a crise no ministério acabou. Para 66,3% da população, a situaçaõ ainda não foi solucionada.

Portal Terra
Disponível em: http://edilzafontes.blogspot.com/

sábado, 13 de agosto de 2011

Apoio à Presidenta

Em nosso país, muito se fala sobre a corrupção: que deve ser combatida, que deve ser extirpada em todas as esferas, especialmente a política, já que os parlamentares nos representam no poder. Fico me perguntando se não é o que estamos vendo -uma tentativa tímida, ainda, - nas ações de nossa presidenta. Mas fico indignada quando parlamentares tentam boicotar os trabalhos legislativos para que não haja mais a chamada "faxina" nos Ministérios. Que há questões políticas por trás disso tudo, não há duvidas, mas quando há denúncias, devem ser apuradas e os culpados devem ser punidos. Vemos agora uma manifestação tímida de alguns políticos em apoio à Dilma. Mal sabem que a população - grande parte, pelo menos - dá todo apoio a nossa presidenta. Se os políticos pensassem mais na população seriam os primeiros a retirarem os maus políticos que mancham a imagem dos parlamentares.

Simon articula sessão de solidariedade a Dilma

Na segunda-feira (15), senadores favoráveis à “faxina” de Dilma vão se revezar na tribuna em apoio a ela e contra às ameaças de retaliação sugeridas por alguns líderes e partidos

Articulação de Simon levará senadores à tribuna na segunda-feira (15) em defesa da "faxina" ética de Dilma Rousseff _ José Cruz/Senado

Aos poucos, começa a se formar uma corrente de apoio à presidenta Dilma Rousseff no Congresso. Ela vem de senadores que ficaram à margem dos entendimentos que levaram seus partidos a compor a base de sustentação do governo. Não estão no grupo os principais líderes dos partidos aliados, incomodados com as seguidas denúncias de corrupção e com a disposição de Dilma de reagir a elas afastando dos cargos aqueles que são apontados como responsáveis. Diante da informação, divulgada peloCongresso em Foco, de que a cúpula do PMDB reuniu-se para arquitetar “um susto” em Dilma, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), um dissidente no partido, iniciou as articulações para que, na segunda-feira (15), um outro grupo de políticos reveze-se na tribuna em apoio à presidenta, numa demonstração de que ela não está isolada.

“Eu vou dizer de cara: eu gosto da presidenta”, disse Simon, em discurso no plenário na quinta-feira (11). “Porque ela está fazendo o que o Lula não fez, o que o Fernando Henrique não fez. Ela está tendo coragem de agir contra a corrupção, o que eles não fizeram”, fuzilou Simon. Para Simon, o problema de Dilma é que a composição do Ministério e a divisão do poder antes do início do governo foram feitas tomando por base referências meramente políticas. Daí, a reação dos partidos. Nesse sentido, Simon até recomenda: “Vá com calma, presidenta. Não tente mudar tudo da noite pro dia. Mas não recue”.

Diante das reações que já aconteceram – que têm levado inclusive os deputados da base a um processo que batizaram de “obstrução branca” (não votam nada para demonstrar sua insatisfação) –, Simon quer contrapor com manifestações de apoio às demissões feitas por Dilma de pessoas ligadas com denúncias de corrupção. “Ela está numa linha correta, agindo contra a corrupção, e setores do Congesso tentam boicotar”, comentou.

Já estão inscritos para ocupar a tribuna segunda-feira, além de Simon, os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Ana Amélia Lemos (PP-RS), Paulo Paim (PT-RS), Marcello Crivela (PRB-RJ), Pedro Taques (PDT-MT), Wilson Santiago (PMDB-PB), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Eduardo Braga (PMDB-AM). Simon tenta ainda as adesões de Luiz Henrique (PMDB-SC), Casildo Maldaner (PMDB-SC) e Roberto Requião (PMDB-PR).

Respaldo político

“É preciso dar respaldo político, sustentação, a essa ações da presidenta Dilma de moralização do serviço público”, concorda Ana Amélia Lemos. Apesar de pertencer a um partido da base, Ana Amélia, apoiou, no Rio Grande do Sul, a candidatura de José Serra, do PSDB, nas eleições do ano passado. “Lamentavelmente, Dilma tem uma maioria, mas é uma maioria desorganizada, que cria mais dificuldades ainda”, comenta ela.

“Nós, senadores, temos que resistir. E apoiar a presidenta Dilma no que ela vem fazendo”, emenda o senador Pedro Taques (PDT-MT). “Faço parte da chamada coalizão que sustenta a presidenta. Mas coalização não é sinônimo de submissão. Nem de omissão. Eu votei várias vezes contra projetos vindos do Poder Executivo. Mas o que a presidenta está fazendo, nós temos que apoiar. Não interessa o partido político. Não interessa.”

Congresso em Foco

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Boa noticia para o MI

Senado aprova redução de contribuição para microempreendedor individual

Medida provisória aprovada pelos senadores contém emenda apresentada pelo deputado Romário, que a considera como primeiro “gol” no Parlamento

POR FÁBIO GÓIS
10/08/2011 21:47

Emenda de Romário estendeu o benefício da redução de impostos para portadores de deficiência - José Cruz/ABr

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (10), por meio de acordo de líderes e em votação simbólica (sem conferência de votos), a MP 529/2011, que reduz de 11% para 5% sobre o valor do salário mínimo a alíquota de contribuição do Microempreendedor Individual (MEI) para a Previdência Social. Como houve alterações no texto encaminhado à Câmara, onde a proposição foi aprovada em 6 de julho, a matéria foi aprovada como Projeto de Lei de Conversão 19/2011 e segue para a sanção presidencial.

A intenção da proposta é incentivar a ampliação do trabalho formal. A partir do texto alterado na Câmara, com intervenções do deputado-relator André Figueiredo (PDT-CE), donas de casa com renda familiar mensal de até R$ 1.090 (dois salários mínimos) agora têm possibilidade de receber benefícios. Entre eles, aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte. Para isso acontecer, é preciso contribuir com 5% do salário mínimo para a Previdência Social.

No texto da MP, também foi acrescentada emenda apresentada pelo deputado Romário (PSB-RJ), que beneficia pessoas com deficiências como Síndrome de Down e autismo. Quem se enquadrar pode continuar recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é destinado a idosos e pessoas incapacitadas para a vida independente. Se ele for contratado como aprendiz, não vai perder o auxílio.

O BPC só será cortado caso a pessoa consiga um emprego fora de programas de aprendiz. Desta forma, ficou mantido o valor do auxílio-doença correspondente a 91% do salário de benefício, que é calculado com base na média aritmética de 80% das maiores contribuições do segurado da Previdência Social.

Na ocasião, o Congresso em Foco conversou com o ex-craque da seleção brasileira sobre seu primeiro “gol” legislativo. “Dentro da minha profissão no futebol, o momento em que eu fui mais feliz foi em 1994, quando ganhei a Copa do Mundo. Então, depois do futebol, hoje com certeza foi um dos momentos mais felizes da minha vida”, festejou o deputado, um dos mais assíduos do primeiro semestre em sessões plenárias deliberativas .

Congresso em Foco