Municípios podem ficar sem merenda escolar: Gestores que
saíram deveriam prestar conta dos recursos, caso contrário os atuais serão
penalizados. Acorda Terra Alta!
Municípios podem ficar sem merenda escolar: Gestores que
saíram deveriam prestar conta dos recursos, caso contrário os atuais serão
penalizados. Acorda Terra Alta!
Alunos do Pará podem perder merenda escolar
A Secretaria de Educação do Governo do Estado do Pará e 112 prefeituras municipais paraenses têm prazo até a próxima terça, 30 de abril, para prestar contas ao governo federal dos recursos para merenda escolar recebidos ao longo dos anos de 2011 e 2012. De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), esta situação é preocupante. Quem não informar dentro do prazo, pode ter recursos federais da educação bloqueados e os alunos da rede pública estadual e das municipais podem ficar sem merenda.
No entanto, nada pode ser comparado ao problema da merenda escolar. No início de abril o Ministério da Educação notificou o governo do Estado, informando que irregularidades no Conselho de Alimentação Escolar podem impedir o repasse de recursos para a merenda de milhares de estudantes em todo o Pará. Outras 24 prefeituras paraenses também apresentam irregularidades que impedem o envio de recursos para as escolas públicas.
Quase 20 dias depois, a situação ainda não foi regularizada. O principal problema encontrado pelo FNDE é a falta de regularização dos Conselhos de Alimentação Escolar, responsável por fiscalizar se a aplicação dos recursos públicos foi adequada. Os conselhos precisam ser renovados a cada ano, incluindo a posse de novos conselheiros. Sem eles, não é possível aprovar a prestação de contas dos entes federativos.
De acordo com Albaneide, assim que forem regularizados os conselhos, os entes federativos voltam a receber os recursos, embora não haja pagamento de valores retroativos. Segundo o FNDE, 601 conselhos estão com mandatos vencidos, mas muitos ainda têm um prazo para adequação antes de perder os repasses. O número é alto, diz Albaneide. “Este ano coincidiram dois fatores, o fim dos mandatos dos conselhos e a troca de gestão nos municípios.”
De acordo com o FNDE, geralmente não se recupera parcelas perdidas devido a não existência do CAE. A responsabilidade pela renovação dos conselhos é do gestor municipal ou estadual, que deverá solicitar aos segmentos que compõe o CAE as indicações respectivas.
São R$ 3,5 bi para a merenda
Os recursos financeiros para o Plano Nacional de Alimentação Escolar )PNAE) provêm do Tesouro Nacional e estão assegurados no Orçamento da União. O FNDE transfere a verba às entidades executoras (estados, Distrito Federal e municípios) em contas correntes específicas abertas pelo próprio FNDE, sem necessidade de celebração de convênio, ajuste, acordo, contrato ou qualquer outro instrumento.
As entidades executoras (EE) têm autonomia para administrar o dinheiro e compete a elas a complementação financeira para a melhoria do cardápio escolar, conforme estabelece a Constituição Federal.Qualquer pessoa física ou jurídica pode denunciar irregularidades a um desses órgãos.
Os novos prefeitos que ainda não têm senha do SIGPC devem entrar em contato com a Central de Atendimento pelo telefone 0800-616161. Também estão disponíveis no portal eletrônico do FNDE (www.fnde.gov.br) guias de orientações para auxiliar os gestores estaduais e municipais no preenchimento da prestação de contas.
Este ano, o orçamento do programa é de R$ 3,5 bilhões, para beneficiar 44 milhões de alunos da educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos). O dinheiro é transferido em 10 parcelas mensais, para atender 200 dias letivos, e deve ser utilizado na aquisição de gêneros para a alimentação escolar.
(Diário do Pará)